A Origem do Carnaval



Tivemos notícia do incêndio nos barracões que abrigavam as fantasias do Carnaval do estado do Rio de Janeiro para 2011. Muito dinheiro gasto com carros alegóricos, roupas dispendiosas e toda preparação para dias de desregramento total. Essa notícia deve nos fazer pensar no significado dessa festa popular de proporções nacionais, que atrai turistas estrangeiros e deixa estragos terríveis. São três dias de folia, e ao final: ruas e praças sujas e malcheirosas, um aumento em mortes e mutilações irreversíveis por acidentes de trânsito, assaltos, grande número de homicídios por brigas, registros de delitos, vários por uso de álcool e drogas por adolescentes, jovens, adultos... Quantas moças perdem sua virgindade na loucura da aprovação dessa libertinagem, quantas crianças roubadas de sua inocência e pureza... Quanta violência... Quanta loucura em nome do prazer. Um prazer transitório, que não é completo, que não satisfaz as necessidades humanas, pelo contrário, apenas aumenta sua solidão, seu infortúnio, suas frustrações, e traz o peso da culpa...

Se o Carnaval somente traz perdição, um relatório negativo ao fim de três dias de selvageria e perda do pudor e da vergonha, por que o homem do século XXI ainda pensa em “curtir” esta maldita festa?

Vale a pena estudar a origem do Carnaval, analisar o que sucede nesse tempo e ver como o Para refletir plano das trevas se estabelece para destruir famílias e vidas preciosas.

Tomemos o que as enciclopédias nos dizem a esse respeito: “O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas folclóricas e comilança; comumente mantida nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma.

Carnaval, provavelmente, vem da palavra latina “carnelevarium” (ou “eliminação da carne”), tipicamente começa no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de janeiro, e termina em fevereiro com a Mardi Gras (terça-feira gorda) na terça-feira da penitência”. (The Grolier Multimedia Encyclopedia).

O Carnaval era comemorado por pessoas que se diziam cristãs séculos atrás. Foi instituído para que as pessoas pudessem se regalar com comidas e orgias antes do jejum de 40 dias proclamado antes da Páscoa (Quaresma), de acordo com o calendário católico romano. Como a Páscoa judaica
tem um dia fixo (14 do mês de abib), sendo o seu calendário lunar, diferente do que usamos no ocidente (que é solar), então essa festa muda de data a cada ano. Sabemos que nas igrejas cristãs há pessoas não-convertidas, e, estas desejam muito “curtir o mundo” com os seus prazeres, e o que fazem? Elas trazem o mundo para dentro da igreja. Foi assim em séculos passados, e continua acontecendo hoje, diante de nossos olhos... A Palavra de Deus nos mostra que o cristão é separado do mundo. Fomos chamados à santidade. “Sede santos porque, eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (1 Pedro1.15-16 ). Esta é a ordem do Senhor desde o Antigo Testamento até o estabelecimento físico do reino de Deus na Terra, e sua orientação através dos apóstolos.

Comemorar a Páscoa é louvável, é uma festa bíblica. É a lembrança da saída do povo de Israel do Egito, com a morte dos primogênitos dos egípcios e o livramento de Deus para o seu povo através do sangue do cordeiro passado nos umbrais e nas vergas das portas das casas dos hebreus. Entretanto, o inimigo que semeia o joio no meio do trigo, trouxe uma comemoração absurda para um tempo de lembrança de salvação pelo Cordeiro de Deus, Jesus.

É deste modo que satanás age: confundindo as mentes que não têm conhecimento das Escrituras com “alimento para a carne”, isto é, dando às pessoas o que elas gostam em sua natureza pecaminosa...

A Enciclopédia continua dizendo: “Provavelmente originário dos “Ritos da Fertilidade da Primavera Pagã”, o primeiro Carnaval de que se tem notícia, teve origem na Festa de Osíris, no Egito. O evento marcava o recuo das águas do Nilo. Os carnavais alcançaram um pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto da Bacchanalia Romana e a Saturnalia”.
(Enciclopédia Mirador). “O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em 186dC” (Grolier Enciclopédia).

A sua origem, portanto, é pecaminosa, pois foi inspirada em festas pagãs. Quanto ao chamado Rei Momo, lemos: “Figura mitológica, filho do sono e da noite, era considerado deus pelos antigos, com alçada no campo das burlas e censuras. Em sua representação simbólica, com uma das mãos levanta a máscara e a segura, com a outra, uma espécie de cetro que termina por uma cabeça grotesca - a da loucura. Para os carnavalescos, tal divindade materializa-se na pessoa de um rei, que impera sobre a folia com o espírito compreensivo de uma potestade despida de preconceitos e disposta a aplicar seu mando entre cantos alegres, danças e folguedos. Rei Momo I e Único é a figura suprema da corte carnavelesca carioca. Financiado pelos cofres públicos, comparece a desfiles e bailes, lança proclamações, em que proscreve aborrecimentos e tristezas, peregrina por bairros e subúrbios distribuindo graças, e, passado o Carnaval, desaparece, retornando daí um ano, para o reinício pontual do seu reinado” (Enciclopédia Mirador).

Esta descrição é muito clara a respeito das realidades espirituais que envolvem o Carnaval e suas consequências. Ao mostrar a entidade do Carnaval como “filho do sono e da noite”, temos a figura mitológica simbolizando o entorpecimento da mente das pessoas que se entregam às orgias desta festa mundana e maligna. Desta forma, as pessoas não conseguem enxergar o que estão fazendo e a quem estão entregando suas vidas, saúde, família, filhos, dignidade... Pode-se observar nesses dias uma mudança na personalidade das pessoas, parecendo sair de si mesmas e encarnar figuras
(morte, sexo oposto, demônios, monstros) às quais darão legalidade para operar em suas vidas e famílias. É uma festa das trevas, da noite. É satanás quem reina com seus demônios nesse tempo.

No Carnaval, as pessoas se fantasiam, assumem uma outra personalidade, e, ao colocarem máscaras em seus rostos, pensam que estão escondidas das consequências de seus atos, que não serão apanhadas em sua insensatez.

Todo o ritual carnavalesco é revestido de significado espiritual, mostrando as trevas dominando as mentes humanas: leva as pessoas a uma insana postura, perdendo a dignidade e valores inegociáveis (a família, a saúde, a própria vida), trocando- os por morte, tristezas, culpa e sofrimento.

A Bíblia nos fala que “o mundo jaz no maligno”. E todo o propósito das trevas é “roubar, matar e destruir”. Para executar os seus intentos, a mente dos homens precisa estar entorpecida, sem censura, na tola sensação de que não haverá culpa ou cobrança posterior por seus atos. E a morte e a destruição de vidas, famílias, lares, pureza, sonhos acontece. A Bíblia nos alerta sobre os perigos da licensiosidade sobre a bebida alcoólica, a prostituição, as orgias e pecados da carne: “Não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gl 5.19-21.) Portanto, querido irmão, neste tempo do Carnaval, assuma mesmo a sua posição de verdadeiro cristão: não compactue com a carne assistindo a desfiles e programações pecaminosas, ao contrário, use esse tempo para orar, adorar ao Senhor em família, pregar a Palavra com os grupos de evangelismo da igreja. Participe das programações da igreja, convide parentes e amigos para conhecerem a Cristo. Ore para que nas cidades brasileiras onde ainda o Carnaval é forte, que o Reino do Príncipe da Paz, Jesus, seja implantado, trazendo o perdão, a paz e a verdadeira alegria. Anuncie as boas-novas nesse tempo e semeie a boa semente. Ore para que esta festa maldita se seque e acabe em todo o Brasil, e experimentemos o avivamento em nossas ruas e praças nesse tempo profético que antecede a volta de Jesus.

Por Ângela Valadão
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Extraído: Jornal Atos Hoje

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