A extraordinária beleza da Cruz
Nos ombros, o peso do mundo. Um caminhar lento, pesaroso, como se milhares de mãos no peito o empurrassem para trás. Ele avança. Sabe que eu preciso. É como o pai que mesmo humilhado na guerra diária da vida, engole calado, sabe que o filho precisa de pão. Quanto mais sobe o madeiro, mais humilhado fica o cordeiro.
Sede. O corpo avista a placa do limite. E já passou. Um líquido horrível apenas destrói o que já está em frangalhos. Fracasso? Não! Triunfo! O mais absoluto triunfo! A chave é virada na fechadura da graça. A porta está aberta. O véu perdeu a legitimidade. Não há mais fronteiras. O servo venceu. O humilhado é digno. Minha alma agora pode adorar. Caiu a cadeia que me sufocava.
Após a ressurreição, ele mantém suas feridas. Um lembrete mudo daquele limite. Ele anda pela vida nos encontros com seus amados. Transmitindo-lhes uma certeza: valeu à pena! Por causa disso, agora estou livre. Posso cruzar fronteiras! Posso olhar para dentro de mim. Agora, a Ceia do Senhor tem um colorido magistral: “Fazei isto em memória de mim”: posso olhar para trás livre dos temores do passado. “Examine-se a si mesmo”: posso fechar os olhos, pois sei que os fantasmas dos sonhos mortos já não assustam. “Até que ele venha”: posso aguardar o amanhã, o sol já não atrasa.
Como diz a letra de uma música antiga: “Sim, eu amo a mensagem da cruz”. A extraordinária beleza da cruz transmite certezas ao meu caminhar. Seu legado anda comigo: perdão, graça, entrega, amor. É libertador ter a certeza feliz do Deus forte nos fracos. O amor é o outro nome da cruz.
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2009/10/extraordinaria-beleza-da-cruz.html
0 comentários:
Postar um comentário