A Questão da Pureza [Parte II]

"Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem..." Mat.15.18-20

Inicialmente confiamos em nossa ignorância e até chegamos a chamá-la de inocência; confiamos também em nossa inocência e a chamamos de pureza; e quando ouvimos essas afirmações duras do Senhor, encolhemo-nos e dizemos: "Mas eu nunca senti nenhuma dessas coisas terríveis em meu coração". Reagimos contra o que Jesus Cristo nos revela. Ou Jesus Cristo é a suprema autoridade em matéria de coração humano, ou então é melhor nem lhe darmos atenção. Estou pronto a confiar na revelação de Jesus, ou prefiro confiar em minha inocência ignorante?

Se eu usar como padrão uma consciência sincera, o mais provável é que, mais cedo ou mais tarde, eu caia em mim, reconheça que o que Jesus Cristo disse é verdade e fique abismado ante a possibilidade da existência do mal e do erro em mim. Enquanto eu permanecer refugiado na minha suposta inocência, estarei alimentando uma ilusão.

Se nunca agi como um malfeitor foi só por causa da minha covardia e dos limites que a civilização impôs sobre mim; mas quando me acho desnudo diante de Deus, descubro que é Jesus Cristo quem está certo em seu diagnóstico a meu respeito.

A nossa única salvaguarda é a redenção de Jesus Cristo. Se me entregar a ele, nunca precisarei experimentar as terríveis inclinações para o mal que pode haver dentro do meu próprio coração. A pureza está além do meu alcance natural, mas quando o Espírito Santo entra em mim, ele se manifesta na minha vida da mesma maneira que se manifestou na vida de Jesus Cristo – através duma pureza absoluta.

Por Oswald Chambers

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